Maratona 2025: as Sapatilhas ideias para mim
Desde que decidi comprar umas sapatilhas que me vão acompanhar até à Maratona este ano, percebi que a escolha ia muito além do design, da marca ou até do preço. O meu objetivo não é apenas correr uma Maratona, mas também chegar lá inteiro, sem lesões, e com melhor saúde física geral.
Podia ter comprado qualquer par minimamente adequado ao treino de longa distância. Provavelmente serviria… ou talvez não. Por isso, comecei a aprofundar uma questão central:
Como é que eu corro, afinal?
A forma como piso o chão importa (muito)
Passei algum tempo a observar detalhes que antes ignorava:
Como é que o meu pé assenta no chão?
Por onde entro? E por onde saio?
Como está o desgaste nas sapatilhas antigas?
Tenho arco do pé alto ou baixo?
Este tipo de perguntas levou-me, inevitavelmente, a várias conversas com modelos de inteligência artificial, análise de fotografias (das solas gastas, do tipo de pé, do arco plantar), e até vídeos a correr. A ideia era reunir o máximo de informação possível sobre a minha pisada.
Supinação ou pronação? Nem sempre é óbvio
No início, tudo apontava para que eu tivesse supinação — um movimento em que o pé roda ligeiramente para fora ao tocar no chão.
A supinação é comum em pessoas com arco do pé mais alto e costuma provocar desgaste no lado exterior do calcanhar.
Mas, quanto mais imagens e dados eu introduzia nas análises, mais apareciam sinais de que talvez fosse o contrário: pronação — quando o pé roda ligeiramente para dentro no contacto com o chão.
A pronação é natural até certo ponto, mas quando excessiva pode levar a desalinhamentos e lesões.
Porque é que isto é importante?
Porque a escolha das sapatilhas influencia diretamente a forma como o pé se comporta — e vice-versa.
A altura da sola, o tipo de espuma, a estabilidade lateral, ou até a existência (ou não) de uma placa de carbono, pode melhorar, agravar ou manter o estado atual da nossa pisada.
Se escolher o modelo errado, posso estar a reforçar desequilíbrios. Se acertar, posso melhorar postura, conforto e prevenir lesões.
Ainda sem certezas, mas com um plano
A verdade é que, mesmo depois de toda esta pesquisa, ainda não tenho uma conclusão clara sobre a minha pisada. Por isso marquei uma consulta na Mesh, nas Caldas da Rainha, com o objetivo de fazer uma análise detalhada e, finalmente, perceber:
O que estou a fazer mal na minha corrida?
Que equipamento não funciona para mim?
E o que devo usar e ajustar daqui para a frente?
Escolher sapatilhas para correr uma Maratona não é só uma questão de gosto ou conforto momentâneo. É uma decisão que envolve biomecânica, conhecimento do corpo e, acima de tudo, prevenção. Quero chegar à meta, mas quero ainda mais chegar bem.