Desafio dos 30 dias — 3 Alimentos: 1 mês concluído

Ao longo dos anos, experimentei várias abordagens alimentares restritivas — desde dietas à base de sopas e sumos até jejuns prolongados de cinco dias. No entanto, este desafio — baseado apenas em três alimentos, maioritariamente proteína animal — foi o que mais se alinhou com aquilo que procuro atualmente.

As primeiras duas semanas

Foram bastante “clean”, sem grandes desvios — com uma única exceção: camarões num dos dias. Tirando isso, cumpri o plano à risca: carne de vaca, ovos e queijo de cabra.

Os resultados surgiram rapidamente:

  • A inflamação desapareceu

  • Os problemas de pele melhoraram em poucos dias

  • Notei melhorias nos níveis de energia, bem-estar e qualidade do sono

  • Perdi peso de forma significativa (esperado, mas não desejado)

Foi aqui que surgiu o dilema: continuar a perder peso a este ritmo não era sustentável — especialmente porque aumentei a carga de exercício, com mais quilómetros de corrida e maior intensidade.

As últimas semanas

Depois das duas primeiras semanas a 100%, senti que o peso estava a cair demasiado rápido. Como não era esse o objetivo principal, ajustei.

Comecei a incluir alimentos que não destoavam muito do plano inicial: um iogurte natural e, como só iogurte não tem piada, juntei fruta — mirtilos, kiwi, manga, papaia. E, claro, como fã de mel, lá ia uma colher de vez em quando.

Mas há algo importante: quando saio dos 100%, é muito difícil manter-me nos 95%. E é aí que tudo fica mais complicado.

Houve dias em que comi legumes. Outros em que acrescentei um pouco de arroz. E noutros, peixe. Foram decisões conscientes — ou convenientes. Ainda assim, ficou aquela sensação de que podia ter levado os 30 dias até ao fim, sem ceder. Talvez tenha usado a perda de peso como desculpa para voltar à rotina.

Chegou um ponto em que já não conseguia ver hambúrgueres à frente.

Mesmo assim, a aprendizagem foi valiosa. Este desafio mostrou-me que a base da minha alimentação deve ser essa: proteína animal de qualidade, alimentos reais, e — acima de tudo — evitar alimentos tóxicos.

O que levo deste desafio

Fazer desafios como este é sair da zona de conforto. É pôr o corpo à prova, mas mais importante, é conhecer-nos melhor. Existem métodos mais complexos, mais caros — e eventualmente terei de os explorar — mas até lá, há um trabalho simples, quase gratuito, que nos pode dar uma enorme clareza.

Sem testes, não há clareza.
Sem desconforto, não há mudança.

Fontes:

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